Em um momento pensei em fugir
No outro me esconder
Queria viver
E mesmo assim não crer
Tudo que se escondia me sufocava...
Toda melodia me consolava ...
Tentava não perceber a maldade humana, Mas eram tão grandes as infâmias
Que até os olhos dos cegos viam a lama.
Sonhava com novo ideais,
Mas minha ideologias mesquinhavam mais e mais Me perdi no tempo
E não mais me entrei.
Me vi de repente em um muro de indecisões Enquanto a idade me lançava contra a parede Ordenando-me a subir
Os vícios me puxavam para um abismo Onde via-se claramente o fim.
Conheci novos astros
Novas canções
Ri de piadas sem graça
E em tantas irônicas risadas
Pensei: que palhaço sou eu?
Dancei a dança dos miseráveis
Meu corpo se enchia de raiva
e o tédio pelas lembranças passeavam
Voltei a ter medo do escuro
A acreditar em absurdos
Voltei a ser judiado
A ficar indignado
Só não posso voltar
A ser inocente
Dos erro emergentes
Quais já cometi.
Lindaura Santana (época do magistério, provável 2000-2002)
Publicado na Antologia Poética 'Poesia Livre, Vivara Editora, 2021.